Sobre ser INFP

Crédito da foto: Patrick Tomasso. Disponível gratuitamente no Unsplash.

Hello.

As coisas estão bem tranquilas por aqui. Por incrível que pareça, eu precisei pensar um pouco pra decidir qual seria o assunto do segundo post, já que falei que só ia aparecer por aqui de vez em quando. Na verdade, eu tava na dúvida se falaria sobre minhas releituras ou sobre ser INFP, mas como eu não terminei de reler os livros que separei, achei melhor falar sobre ser INFP mesmo.

Pois bem, antes de tudo, INFP é um dos 16 tipos de personalidade reconhecidos pelo teste Myers-Briggs e fica no espectro da introversão (se quer saber qual é o seu, clique aqui e faça o teste). Eu já sabia que era introvertida, mas entender qual era o meu tipo foi como conseguir explicações pra alguns traços da minha personalidade que não podiam ser justificados pelo simples fato de eu ter um temperamento introvertido, como tomar decisões e chegar a conclusões com base na intuição o que inclui decidir se eu gosto ou não de cetas pessoas, preferência pela expressão artística de ideias (muitos dos meus escritores e artistas preferidos, principalmente mulheres, são INFPs) e a sensação de conforto no caos como diz Florence, ou seja, gostar de deixar opções em aberto pra tudo na vida, em especial carreira profissional e objetos de estudo, o que às vezes leva a indecisão, é verdade, mas o lado positivo é manter-se aberto a adaptações. E pra mim, que sempre fui uma pessoa receosa de mudanças muito grandes na vida prática, é um exercício bastante saudável.

Também percebi que, mesmo tendo opinião formada e princípios bem fortes sobre determinados assuntos, eu não suporto ficar estagnada, e por isso sou viciada em conseguir interesses novos. É por isso que muitas vezes eu começo uma coisa e tenho dificuldade em terminar, já que na metade eu fico intoxicada e preciso procurar outra coisa pra fazer, caso contrário a sensação de sufocamento mata por completo a criatividade. Um exemplo onde você pode ter percebido isso é de quando encerrei o outro blog, fiquei só trabalhando no meu livro e em outros textos perdidos no PC, mas então senti que precisava voltar pra blogosfera porque comecei a sentir muita falta de ter um diário eletrônico.

Há quem diga que isso é inconstância e falta de organização (e pode até ter um fundo de verdade nisso). Mas eu prefiro que as coisas sejam dessa maneira, porque pra mim é a única maneira em que consigo trabalhar. Excesso de ordem e visão estrita é um pesadelo. Outra coisa: eu sinto como se todo dia eu estivesse em processo de auto compreensão, por isso as mudanças tão frequentes; todo dia, é como se eu tivesse que começar do zero meu processo de auto compreensão, porque a cada dia sinto como se fosse uma pessoa diferente. E eu não vejo problema nenhum em mudar, quando se é pra melhor.

Eu não tô dizendo que justifico falhas de personalidade com meu tipo, e também não tô dizendo que pessoas com outros tipos de personalidade não possam ter as características que mencionei aqui, mas que sim são mais comuns no tipo INFP, daí minha identificação. Essa identificação não ocorreu de uma hora pra outra, e eu tomei caminhos incertos até chegar aqui, mas posso dizer que foi um tempo bem usado.

Foi meio difícil fazer um post curto sobre esse assunto, mas também não reclamo porque sinto que vou voltar nele algumas vezes daqui pra frente. E num outro post, pretendo falar sobre algumas coisas que seria bom você levar em conta caso queira saber seu tipo de personalidade.

Beijos,

Wolffs